segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

"Massificação em massa"


Cindy Crawford veste Hervé Léger no início da década de 90


Quando em 1985 o estilista francês Hervé Léger criou a sua marca, ele não sabia que mudaria o guarda roupa das starlets de Hollywood para sempre. Afinal, qual outra maneira de ser praticamente "embalada à vácuo" e não ficar vulgar?


E assim começa o caso de amor entre as mulheres e os "bandage dresses", criados por Hervé em 1989. Mas nada comparado ao que vemos hoje, em qualquer lugar do mundo. No final da década de 80 e começo dos anos 90, o vestido era mais popular entre as celebs, mas ainda não havia virado esta febre que é hoje. Com o passar dos anos, a marca foi caindo no esquecimento, acho que também graças àquela época dos anos 90 em que a moda ficou totalmente minimalista, clean e até mesmo o "heroin chic" varreu para debaixo do tapete a moda justa, curta e colorida de Hervé.



Lindsay num bandage colorido e Serena em Gossip Girl.


Mas em 1998 a marca foi comprada pelo grupo BCBGMAXAZRIA e em 2007 foi relançada e imediatamente catapultada ao sucesso de novo. Pelas mãos do designer Max Azria, Herve Leger perdeu os acentos tipicamente franceses e ganhou uma legião de fãs. Hollywood inteira se viu apertada em bandagens e o resto do mundo não demorou a seguir, mas isso todo mundo já sabe. É praticamente impossível abrir uma revista de celebridades e não dar de cara com alguém num justinho da marca. E aí, chegamos no que eu quero realmente falar.




Herve gone bad: Mariah e Luana linda de turquesa (outros sapatos ficariam melhor, though)

Empolgadas com o sucesso da marca, várias marcas nacionais resolveram "pegar carona" e lançaram os seus próprios bandage dresses! Existem versões na Lolitta (os mais bonitos na minha opinão), na Thelure e Le lis blanc, para citar algumas.





versões nacionais: preto da Thelure e colorido da Lolitta

Até aí tudo bem, eu mesma experimentei um desses quando estava procurando um vestido bapho para o meu aniversário. Até que saí num sábado à noite há umas três semanas e 11 entre 10 meninas estavam vestidas num bandage dress. Juro, to-das as meninas entre 20-30 anos do lugar (tinham 3 diferentes; uma que estava de macacão, eu e a minha amiga Mariana. Até achei ter visto uma 4ª, mas quando olhei de perto ela estava com uma saia bandage!!) Gente, como pode? Como uma tendência pode passar tão rápido pelo trickle effect? (#dariocaldas hahahah). No dia seguinte fui ao Shopping da Gávea e na vitrine da Espaço Fashion tinha 2 saias de bandagem e da Luko (no mesmo andar) também. É isso? Todas as lojas do Rio têm a sua versão?

O Hervé escolhido por Deborah Secco

Sinceramente eu nunca vi algo desse tipo acontecer tão rápido. Eu sei muito bem que com internet, blogs, tevê a cabo, a moda se difunde numa velocidade que às vezes nem conseguimos acompanhar, mas me assustei com o fenômeno bandage dress. Nunca vi um vestido tão onipresente nos closets de quem pode e até de quem não pode (vide Mariah e outras "fofinhas" que vi na night!)
Obs: O vestido que experimentei ficou ótimo, mas não quis ir para o meu aniversário de uniforme, mas que ele veste bem, isso ninguém pode negar.
Obs²: Após a aquisição da marca pelo grupo BCBGMAXAZRIA, Hervé Léger perdeu os direitos sobre o seu nome (!! que triste, não?) e passou a assinar como Hervé L. Leroux.

2 comentários:

Marcella Mendes disse...

Ai amiga... nem me fale... esses vestidos chegam lá na loja e acabam igual água em dia de sol!!! Chega a ser ridículo... ano novo não quero nem ver... vai ser um vexame só nas festas do jóquei,MAM, Urca e afins...td mundo de uniforme..o Dourado lá da loja..vai poder ser visto em todas as festas do rio de janeiro..rs

Tali disse...

Amiga, imagino!! Você sabe que sou exagerada, mas juro que era exatamente como contei!! TO-DO o mundo com esse vestido. É uma pena, porque dá muita vontade de ter um, mas sair igual a todo mundo não dá! Quem sabe mais pra frente quando a febre passar um pouco?
Beijos (saudades de você)