Claudio Parreiras abre sua bolsa para o blogEu quero começar uma tag nova aqui no blog, que se chama "Dans le sac de..." ou, "Dentro da bolsa de..." e mostrar o que pessoas interessantes carregam em suas bolsas. Para abrir com chave de ouro, vou mostrar o que Claudio Parreiras, diretor artístico da Lenny leva na dele. (Se bem que no caso dele, tá mais para "Dans la valise de...") mas ele, como tudo o mais em sua vida é especial!
A bolsa: uma Fred Perry para Comme des Garçons Claudinho é um artista nato. Formado em Desenho industrial e programação visual, por "desvios do destino", como ele mesmo diz, começou a trabalhar com jornalismo, ilustração e produção de moda para a revista americana Interview. Nos anos 80, morando em Paris, tornou-se correspondente da revista, fazendo cobertura de desfiles e entrevistando personalidades da moda. Logo depois, passou a dividir seu tempo entre a revista e consultoria para diversas marcas brasileiras. (Lembrando gente, que isso era antes da popularização da internet. As informações demoravam a chegar aqui e um consultor que estava por dentro dos bastidores da alta costura e prêt a porter francesa era o que havia de mais incrível!) Paralelamente, começou a fazer produções para revistas de moda e decoração por toda a Europa e assim, Claudinho passou 25 anos completamente mergulhado na fashion scene.
Os livros: Les fleurs du mal, Madame Bovary e Le rouge e le noir
Hoje, Claudinho está de volta ao Brasil e dedica-se à direção artística da Lenny e à ilustrações incríveis (uma delas acabou de virar
capa de livro). Ele é uma das pessoas mais engraçadas e doces que já conheci na minha vida e não há um só dia ao lado dele que a gente nãe dê muita risada. Quando conto para minha irmã as coisas que o Claudinho diz e faz, ela responde: "Eu queria trabalhar na Lenny só por causa do Claudinho!" (E ela é médica, não tem nada a ver com moda!!) Eu sou suspeita para falar porque sou completamente apaixonada por ele e me considero sortuda por convivermos diariamente. Sou assumidamente, a fã número 1.
Lápis e canetinhas (tudo enrolado em panneaux) e o caderno de desenho
Aficionado por Brigitte Bardot, Claudinho já perdeu a conta de quantos livros, revistas e fotografias sobre a atriz juntou ao longo dos anos e diz que a musa foi uma das responsáveis por ter ido morar em Paris, sonhando em encontrá-la. Além de Paris, suas cidades favoritas são Tokyo, Copenhagen e Mykonos (off season).
A carteira do Snoopy, comprada em New York quando Claudinho tinha 15 anos, deveria ser como um cofrinho. "Aquela cidade te convida a consumir em ritmo 'non stop', então a carteira serviria para que eu juntasse dinheiro, mas eu nunca consegui colocar 1 dólar", diz Claudinho. Hoje, ela o acompanha como "mascote"; repleta de fotos, "santinhos" e cartões de pessoas muito queridas.
Dentro da bolsa, Claudinho carrega uma outra bolsa, feita de lona das tendas dos beduínos do deserto do Oriente Médio, onde ele carrega revistas e comprinhas do dia a dia, além de um shorts de banho Villebrequin e mais panneaux e cangas. "Nos dias de stress, quando escurece dou um mergulho no Leme ou no Arpoador e volto para casa enrolado num dos meus panos, é claro!" (Gente, como não amar?!)
Bolsa de lona das tendas dos beduínos e shorts Villebrequin
O dia em que fizemos as fotos na semana passada foi a maior diversão. A cada coisinha que o Claudinho tirava da bolsa eu ria muito com as histórias que ele contava... Ele é realmente uma figura ímpar. Divertido, educado, gentil, inteligentíssimo e talentoso. Uma alma enorme e um coração maior que a sua bolsa!! Adorei ter começado a tag com ele. Claude, muito obrigada, adoro você!!
Tudo junto e algumas de suas ilustrações